quinta-feira, 1 de setembro de 2011

" DE ERNESTO A CHE "


A poucos meses decidi me aprofundar nos estudos sobre os países da América Latina, seus líderes revolucionários e políticas por eles adotadas.Muito tenho aprendido, mas também tenho visto muitas de minhas crenças caírem por terra.Um exemplo de crença dilacerada a pouco pelas intensas pesquisas realizadas é a sobre Ernesto “ Che “ Guevara.Mas não vamos aqui discutir os méritos que orlam a figura do revolucionário Argentino.Mesmo em uma combinação de perplexidade e decepção devido às descobertas da verdadeira história e personalidade de Che, não poderia negar um sentimento de imparcialidade diante aos argumentos apresentados pelos algozes de Ernesto; o que prova um pouco de minha conivência com às atitudes de Guevara.

Toda nossa história foi construída com sangue e sofrimento.Massacres e mais massacres foram justificados em nome de liberdade, igualdade e fraternidade.Poderia escrever aqui uma vasta lista de injustiças cometidas ao longo dos tempos e ainda por cima dar nomes aos responsáveis, mas creio não ser necessário pois apenas convido todos a fazerem um breve exame de conciência em torno de toda trágica história da humanidade.

Não quero aqui ser tomado como defensor das barbáries realizadas por Che ou por qualquer outro.Apenas, sim, gostaria de elucidar a verdadeira face do homem, que já havia sido traga por Maquiavel em seu livro O príncipe, dizendo ser a personalidade do homem de modo geral ingrata, volúvel, fingida, avessa ao perigo e ávida de ganho.Se muitos deles eram adeptos ao contundente pensamento de Maquiavel: “ Os fins justificam os meios “, − que rezava: “ O mal é justificável quando praticado uma única vez e após o benefício obtido com a prática desse mal, todo ele seja convertido em benefício do próprio povo.”, realmente não sei.Mas não julgo ser correto o sacrifício de inocentes em nome de um benefício comum.

Ao constatar tais fatos, me pergunto: No decorrer de toda nossa história, existe algum inocente além daqueles que morreram injustamente em nome de poder ?
 

2 comentários:

  1. Entre 1,1 e 1,5 milhões de judeus morreram pelo holocausto;
    Cerca de 70 mil "huguenotes" foram martirizados pela "Igreja" no Massacre de São Bartolomeu em Paris.
    Aproximadamente 9 MILHOES de pessoas morreram pelas mãos da "Santa" Inquisição.

    Vemos que no decorrer da historia, muitos são os massacres, as chacinas, em nome de religiões, de "causas maiores", ou da liberdade, igualdade, fraternidade (como vc diz), mas sou capaz de afirmar, que todas elas partem de um único principio: a vontade própria... O egoísmo... Os próprios interesses.
    Os que mataram, queriam se impor, ser superiores, dominar, e só tinham para tal, a força.
    Mas, eu vivo num mundo que domina diferente: domina a mente, e a gente sofre pelos que morreram e padeceram... Nós padecemos vivos... Quando não vemos legitimadas as nossas leis, quando não recebemos uma educação de qualidade, quando somos invadidos pela mídia e somos somente bonecos nas mãos desses que lutam pelos seus interesses próprios...
    Não devemos chorar só pelos que morreram inocentemente, 'vivemos mortos', meu amigo!!!
    (Ingrid www.silenceofthewind.blogspot.com)

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  2. " As igrejas devem renunciar a pretensão de ser a única portadora da verdade e, por isso, sentir-se superior e fora da sociedade " ( Leonardo Boff )

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