quinta-feira, 8 de setembro de 2011

" BLOQUEIO CONTINENTAL "


Senhores, hoje, dia 7 de Setembro de 2011, comemoramos o 189º  aniversário de independência da nossa amada República Federativa do Brasil.E ao contrário do que muitos pensam todo o processo de descolonização do nosso país não se deu de um forma tão heróica assim como é retratada em nossos livros de história.

" E tudo se iniciou no bloqueio continental. "

O bloqueio continental, foi um ordem direta do então imperador da França − Napoleão Bonaparte − , que consistia em impedir o acesso de navios do Reino Unido da Grã Bretanha e da Irlanda aos portos dos então países submetidos ao Primeiro Império Francês, com o objetivo de enfraquecer a economia desses, obrigando-os a se submeterem ao domínio Francês.Após a descoberta da falsa adesão de Portugal ao bloqueio, Napoleão não titubeou e logo ordenou a invasão de  Portugal.

Como já era de se esperar dos nossos corajosos amigos da terra do vira, os Bragança, perante eminente ameaça francesa, tomaram a digna atitude de uma família real e acovardados correram imediatamente para a terra dos tupiniquins com o rabo entre as pernas deixando assim todo o povo lisboeta à mercê de todo o Império Francês também.

Mas antes mesmo de deixar o Brasil devido ao risco de perder sua coroa em Portugal, o próprio D. João VI preveniu ao filho que a separação entre Brasil e Portugal seria uma questão de tempo.Nesse sentido, orientou o filho que antes ele participasse e liderasse o processo de independência do Brasil do que deixar a colônia ser dominada por qualquer outro movimento emancipacionista.Logo, a independência não foi dada de forma difícil e sim pacífica. 

E assim, após algum tempo na relutância do não reconhecimento da independência do Brasil por parte dos países da Europa, unida da Santa Aliança, Brasil e Portugal entraram em um acordo onde o governo brasileiro se comprometia a indenizar os lusos pelos prejuízos causados com a perda da colônia.A indenização foi calculada em cerca de dois milhões de libras, obrigando o Brasil a contrair sua primeira divida externa com a Inglaterra, país com o qual o dinheiro foi pego para o pagamento da indenização a Portugal.

Então, assim foi dada a nossa independência que não foi conquistada de forma tão romântica e heróica como sempre foi ensinado nas salas de aula.Então, creio eu que nada mais justo do que reconhecer o mérito do nosso processo de descolonização a também ninguém mais ninguém menos que Napoleão por seu bloqueio continental que resultou na independência do nosso país.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

" DE ERNESTO A CHE "


A poucos meses decidi me aprofundar nos estudos sobre os países da América Latina, seus líderes revolucionários e políticas por eles adotadas.Muito tenho aprendido, mas também tenho visto muitas de minhas crenças caírem por terra.Um exemplo de crença dilacerada a pouco pelas intensas pesquisas realizadas é a sobre Ernesto “ Che “ Guevara.Mas não vamos aqui discutir os méritos que orlam a figura do revolucionário Argentino.Mesmo em uma combinação de perplexidade e decepção devido às descobertas da verdadeira história e personalidade de Che, não poderia negar um sentimento de imparcialidade diante aos argumentos apresentados pelos algozes de Ernesto; o que prova um pouco de minha conivência com às atitudes de Guevara.

Toda nossa história foi construída com sangue e sofrimento.Massacres e mais massacres foram justificados em nome de liberdade, igualdade e fraternidade.Poderia escrever aqui uma vasta lista de injustiças cometidas ao longo dos tempos e ainda por cima dar nomes aos responsáveis, mas creio não ser necessário pois apenas convido todos a fazerem um breve exame de conciência em torno de toda trágica história da humanidade.

Não quero aqui ser tomado como defensor das barbáries realizadas por Che ou por qualquer outro.Apenas, sim, gostaria de elucidar a verdadeira face do homem, que já havia sido traga por Maquiavel em seu livro O príncipe, dizendo ser a personalidade do homem de modo geral ingrata, volúvel, fingida, avessa ao perigo e ávida de ganho.Se muitos deles eram adeptos ao contundente pensamento de Maquiavel: “ Os fins justificam os meios “, − que rezava: “ O mal é justificável quando praticado uma única vez e após o benefício obtido com a prática desse mal, todo ele seja convertido em benefício do próprio povo.”, realmente não sei.Mas não julgo ser correto o sacrifício de inocentes em nome de um benefício comum.

Ao constatar tais fatos, me pergunto: No decorrer de toda nossa história, existe algum inocente além daqueles que morreram injustamente em nome de poder ?