segunda-feira, 22 de agosto de 2011

" HIPOCRISIA NORTE-AMERICANA "


E lá estava eu, absorto em meus pensamentos, analisando a complicada relação entre Venezuela e Estados Unidos.Sempre na figura de vítimas, nossos vizinhos norte-americanos se disseram insultados com uma visita de Chavez a Saddam Hussein em 2000.Chavez se tornara o primeiro chefe de Estado a entrar no Iraque desde que as Nações Unidas impuseram sanções ao Iraque como forma de punição pela invasão do Kuweit, em 1990, e com o intuito, também, de convencê-lo a abrir mão de suas armas de destruição em massa.Claro, Os Estados Unidos, que haviam travado uma guerra contra o Iraque uma década antes, ficaram perplexos.Colocando fim à política de moderação nas declarações sobre Chavez, o Departamento de Estado descreveu a visita como algo “particularmente irritante”.

A visita de Chavez a Saddam, se deu por consequência de um giro político realizado pelo nosso dirigente Venezuelano para fortalecer a OPEP ( Organização dos Países Exportadores de Petróleo ), organização à qual a Venezuela faz parte.Ao partir em sua missão para reerguer a organização, ele prometeu visitar pessoalmente cada um dos dez países-membros da OPEP, e que, portanto não poderia ignorar um dos principais membros da entidade, o Iraque.

Mas diante de tal posição de vítimas na história, mantida pelos norte-americanos, os venezuelanos não ficaram atrás, e os acusaram de hipocrisia.Pois os Estados Unidos mantinham a bastante tempo relações cordiais com os regimes militares e comunistas como a China, desde que atendesse a seus interesses.Na América Latina, o governo norte-americano até ajudara a criar ou a financiar alguns dos regimes mais brutais do século 20, tais como o do General Augusto Pinochet, no Chile, e Somoza, na Nicarágua.

Os Estados Unidos também haviam sido aliados de Saddam Hussein durante a década de 1980, quando o dirigente iraquiano recebeu a visita de Donald Rumsfeld − ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos.O País também manteve relações de proximidade com a Arábia Saudita, um país rico em petróleo que não poderia ser descrito como um bastião da democracia.No Afeganistão, nos anos de 1980, vejam vocês − senhores − , o próprio Osama Bin Laden atuou ao lado das forças aliadas da CIA enquanto os Estados Unidos e a União Soviética entravam em choque, durante a Guerra Fria, por meio de terceiros.

Confesso não me sentir nem um pouco surpreso com tais revelações.Mas diante de tais, só poderia resumir nossos vizinhos da terra do Tio Sam em um único adjetivo: Caras de Pau.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

NÃO SE CRITICA AQUILO QUE NÃO SE CONHECE !

 
E lá estava eu em mais um intervalo entre as aulas da faculdade em um debate com alguns amigos sobre aquilo que mais gosto, política.É, e o mais interessante nesse debate foi que percebi o quanto as pessoas adoram falar sobre coisas das quais não têm propriedade alguma.Aliás, julgam conhecer porque viram superficialmente no Jornal Nacional ou no Fantástico: " Porque em Cuba é assim... Porque Chavez é um Ditador... A Dilma é não sei o que lá... As religiões são assim e assado... e blá, blá, blá, blá, blá, blá... ".

A poucos dias comentei com um conhecido sobre como as coisas seriam melhores se só ousássemos a abrir nossas bocas para debater sobre determinados assuntos que já tivessemos lido algum livro sobre, pesquisado bastante ou assistido a algum documentário que não fosse tendencioso.

Não quero aqui defender Cuba, Hugo Chavez, Dilma ou qualquer religião, mas eu mesmo já me deparei com essa situação diversas vezes, debatendo com outras pessoas coisas das quais não possuia conhecimento algum para ali estar discutindo.Mas:ser prático em determinado assunto não é fácil.É preciso ler muito.Mas, não; ninguém quer ler ou pesquisar, leva tempo.Então, assim preferem apenas continuar se apoiando em padrões superficiais, aderindo a opiniões de jornais e revistas tendenciosas, panfletárias e neoliberais.

A todos aqueles que insistem em manter suas opiniões superficiais sobre Cuba, recomendo lerem o livro ( Fidel e Che - Uma Amizade Revolucionária ), ou até mesmo assistir ao ducumentário ( Cuba - Fatos, e não palavras ! ), Ou até lerem a Biografia de Chavez ( Hugo Chavez - Da Origem Simples ao Ideário da Revolução Permanente ), que, talvez, não tenha mudado totalmente a opinião dos seus diversos críticos nos Estados Unidos, mas fizeram-lhes incarar o atual presidente da Venezuela como uma figura a ser considerada.E também a assistirem o documentário sobre os países do Mercosul ( Ao Sul da fronteira ).

Então gostaria de fazer esse convite a todos, criticar somente aquilo que temos total e pleno conhecimento para assim agir.Pois é como diz o ditado: " Viu na Globo ou leu na revista Veja, azar o seu ! "