sexta-feira, 22 de abril de 2011

CIDADÃO ESTATÍSTICA !


Eu acordo bem cedo ouvindo a notícia
Mais um trabalhador morto pela polícia
Mas eu não me abato com essa injustiça
Pois a polícia que matou morreu na mão da milícia

Cordão de isolamento, um corpo a espera da perícia
Todo mundo aguardando o exame de balística
Pra saber quem matou, bandido ou polícia
Agora o que importa ? É cidadão estatística !

Morando de aluguel não tem profissão
Cidadão sem emprego logo vira ladrão
Seja filho de João ou filho de Zé
Sem educação será mais uma mané

E o caminho que eu sigo é o caminho do mau
A opção que me deram é a de virar marginal
De ver o crime no ar, de vender droga no bar
E eu sempre mato sem dó depois que eu cheiro meu pó
Futuro promissor é esse agora
A moda lá no morro é vender droga na escola
Olha o plaboy que faz medicina; à noite sobe o morro pra cheirar cocaína.

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